"Até que os leões tenham seus próprios historiadores, as histórias de caçadas continuarão glorificando o caçador." - Eduardo Galeano

"O século 20 produziu uma espécie terrível de pessoas: a do homem que acredita realmente que é publicado nos jornais." - Oswald Gottfried Spengler

"A democracia é o canal por onde o bolchevismo conduz o veneno para os países desunidos, deixando-o agir tempo suficiente para que as infecções produzam o definhamento da razão e do poder de resistência." - Adolf Hitler

"Quem vive da mentira deve temer a verdade!" - Friedrich Christian, Príncipe de Schaumburg Lippe

"A razão pela qual os homens são silenciados não é porque eles falam falsamente, mas porque eles falam a verdade. Isso porque, se os homens falam mentiras, suas próprias palavras podem ser usadas contra eles, enquanto se eles falam verdadeiramente, não há nada que pode ser usado contra eles, exceto a força." - John “Birdman” Bryant

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Cronologia das intervenções dos EUA no Mundo

 Cronologia das intervenções dos EUA no Mundo



Império Americano (ou imperialismo norte-americano) é um termo que se refere à influência política, econômica, militar e cultural que os Estados Unidos exercem sobre o mundo atualmente, partindo do pressuposto que este país impõe seu poder de forma imperialista. O conceito de Império Americano se popularizou após o fim da Guerra Hispano-Americana de 1898. Os proponentes deste conceito vão desde teóricos clássicos do imperialismo no marxismo – que vêem tal fenômeno como subproduto do capitalismo – até teóricos liberais e conservadores contemporâneos em suas análises sobre a política externa dos Estados Unidos. Esses termos têm, na maioria das vezes, uma conotação negativa, especialmente quando se discute a superioridade militar norte-americana.

O uso do termo é controverso, uma vez que há estudiosos que defendem que não existe  uma prática imperialista por parte dos Estados Unidos. Outros afirmam que tal prática existe, mas de forma benevolente, enquanto há aqueles que afirmam que essa prática não só existe como causa grandes danos aos países dominados.



Algumas doutrinas propostas pelo governo norte-americano desde a fundação do país, tais como:
- Destino Manifesto;
- Doutrina Monroe;
- Corolário Roosevelt;
- Big Stick;
- Doutrina de Segurança Nacional;
- Conquista do Oeste Americano;
- Guerra Mexicano-Americana;
- Guerra das Bananas;
- Guerra Hispano-Americana,
- Guerra do Vietname;
- Embargo a Cuba;
- Guerra do Afeganistão;
- Guerra do Iraque.

Todas estas propostas fizeram o termo Imperialismo Americano ganhar aceitação na Comunidade Internacional e no imaginário popular.

De acordo com a lista do próprio Pentágono, o número de bases americanas em redor do mundo são 865; porém, se forem incluídas as novas bases no Iraque e no Afeganistão, a cifra ascende a mais de 1.000 bases militares.

Essas bases não são baratas. Excluindo suas bases no Afeganistão e no Iraque, os Estados Unidos gastam nessas bases militares, cerca de 102 biliões de dólares por ano, segundo Miriam Pemberton, do Institute for Policy Studies.

Muitas dessas bases são um luxo que os Estados Unidos já não podem ter, nessa época de deficit orçamentário recorde. Por outro lado, as bases norte-americanas em países estrangeiros têm dois gumes: projetam o poder norte-americano no mundo; porém, também inflamam as relações exteriores dos Estados Unidos e geram ressentimento devido aos fenômenos de prostituição, danos ambientais, pequena delinquência e etno centrismo quotidiano, que são problemas inevitáveis.



Século XVIII/XIX:

1775-1783 - Guerra da Independência dos Estados Unidos da América (E.U.A.)

1812-1815 - Guerra contra a Inglaterra.

1846-1848 - México: Por causa da anexação, pelos E.U.A., da República do Texas, bem como Estados do Sul.

1890 - Argentina: Tropas americanas desembarcam em Buenos Aires para defender interesses econômicos americanos.

1891 - Chile: Fuzileiros Navais norte-americanos esmagam forças rebeldes nacionalistas.

1891 - Haiti: Tropas americanas dominam a revolta de operários negros na ilha de Navassa, reclamada pelos E.U.A.

1893 - Havaí: Marinha norte-americana é enviada para suprimir o reinado independente e anexar o Havaí aos E.U.A.

1894 - Nicarágua: Tropas americanas ocupam Bluefields, cidade do mar do Caribe, durante um mês.

1894-1895 - China: Marinha, Exército e Fuzileiros americanos desembarcam no país durante a Guerra Sino-Japonesa.

1894-1896 - Coreia: Tropas norte-americanas permanecem em Seul durante a guerra.

1895 - Panamá: Tropas americanas desembarcam no porto de Corinto, província Colombiana.

1898-1900) - China: Tropas norte-americanas ocupam a China durante a Rebelião Boxer.

1898-1910 - Filipinas: As Filipinas lutam pela independência do país, dominado pelos E.U.A. (Massacres de Balangica, Samar, Filipinas - 27/09/1901 e Bud Bagsak, Sulu, Filipinas -11/15/1913) - 600.000 filipinos mortos.

1898-1902 - Cuba: Tropas norte-americanas sitiaram Cuba durante a Guerra Hispano-Americana.

1898 - Porto Rico: Tropas norte-americanas sitiaram Porto Rico na Guerra Hispano-Americana, hoje Estado Livre Associado aos E.U.A.

1898 - Guam: Marinha norte-americana desembarca na ilha e mantêm base naval até hoje.

1898 - Guerra Hispano-Americana: Desencadeada pela misteriosa explosão do couraçado “Maine”, em 15 de Fevereiro, na Baía de Havana. Esta guerra marca o surgimento dos E.U.A. como potência mundial.

1898 - Nicarágua: Fuzileiros Navais norte-americanos invadem o porto de San Juan del Sur.

1899 - Samoa: Tropas norte-americanas desembarcam em consequência de conflito pela sucessão do trono.

1899 - Nicarágua: Tropas norte-americanas desembarcam no porto de Bluefields (2ª vez).Século XX.

1901-1914 - Panamá: - Marinha norte-americana apóia a revolução quando o Panamá reclamou independência da Colômbia; tropas americanas ocupam o canal desde 1901, quando teve início sua construção.

1903 – Honduras: Fuzileiros Navais norte-americanos desembarcam e intervém na revolução.

1903 – 1904 - República Dominicana: Tropas norte-americanas invadiram para proteger interesses americanos durante a revolução.

1904 - 1905 – Coreia: Fuzileiros Navais norte-americanos desembarcaram durante a Guerra Russo-Japonesa.

1906 - 1909 – Cuba: Tropas norte-americanas desembarcam durante período de eleições.

1907 – Nicarágua: Tropas americanas invadem e impõem a criação de um protetorado.

1907 – Honduras: Fuzileiros Navais norte-americanos desembarcam durante a guerra de Honduras com a Nicarágua.

1908 – Panamá: Fuzileiros Navais norte-americanos são enviados durante período de eleições.

1910 – Nicarágua: Fuzileiros navais norte-americanos desembarcam pela 3ª vez em Bluefields e Corinto.

1911 – Honduras: Tropas norte-americanas enviadas para proteger interesses americanos durante a guerra civil.

1911–1941 – China: Marinha e tropas americanas enviadas durante período de repetidos combates.

1912 – Cuba: Tropas norte-americanas enviadas para proteger interesses americanos em Havana.

1912 – Panamá: Fuzileiros norte-americanos ocupam o país durante eleições.

1912 – Honduras: Tropas norte-americanas enviadas para proteger interesses americanos.

1912–1933 – Nicarágua: Tropas norte-americanas ocupam o país para combater guerrilheiros durante 20 anos de guerra civil.

1913 – México: Marinha norte-americana evacua cidadãos americanos durante a revolução.

1913 – México: Durante a Revolução Mexicana, os Estados Unidos bloqueiam as fronteiras mexicanas em apoio aos revolucionários.

1914-1918 - Primeira Guerra Mundial: Os E.U.A. entram no conflito em 6 de Abril de 1917 declarando guerra à Alemanha. As perdas americanas chegaram a 114 mil homens.

1914 - República Dominicana: Marinha norte-americana luta contra rebeldes em Santo Domingo.

1914-1918 – México: - Marinha e tropas americanas intervém contra nacionalistas.

1915-1934 - Tropas americanas desembarcam no Haiti, em 28 de Julho, e transformam o país num virtual protetorado americano, permanecendo durante 19 anos.

1916-1924 - República Dominicana: Os E.U.A. estabelecem um governo militar na República Dominicana, em 29 de Novembro, permanecendo durante 8 anos.

1917-1933 – Cuba: Tropas americanas desembarcam em Cuba, e transformam o país num protetorado econômico americano, permanecendo durante 16 anos.

1918-1922 – Rússia: Marinha e tropas americanas enviadas para combater a Revolução    Bolchevista. O Exército realizou cinco desembarques.

1918 – Jugoslávia: Tropas americanas intervém ao lado da Itália contra os sérvios na Dalmácia.

1919 - Honduras: Fuzileiros norte-americanos desembarcam durante eleições.

1920 – Guatemala: Tropas americanas ocupam o país durante greve operária.

1922 – Turquia: Tropas americanas combatem nacionalistas em Smirna.

1922-1927 – China: Marinha e Exército americano deslocados durante revolta nacionalista.

1924-1925 – Honduras: Tropas norte-americanas desembarcam duas vezes durante eleição nacional.

1925 – Panamá: Tropas americanas enviadas para debelar greve geral.

1927-1934 – China: Mil fuzileiros norte-americanos desembarcam na China durante a guerra civil local e permanecem durante 7 anos.

1932 - El Salvador: Navios de Guerra norte-americanos deslocados durante revolta FMLN comandadas por Martin.

1939-1945 - Segunda Guerra Mundial: Na Europa, guerra contra o eixo - Alemanha Nazi, Itália Fascista e Japão Imperialista) - Os E.U.A. declaram guerra ao Japão em 8 de Dezembro de 1941, depois do ataque à base de Pearl Harbor. As perdas americanas chegaram a 300 mil homens.

1946 – Irão: Marinha americana ameaça usar artefatos nucleares contra tropas soviéticas caso as mesmas não abandonem a fronteira norte do Irão.

1946 – Jugoslávia: Presença da marinha norte-americana na zona costeira em resposta à aeronave americana abatida.

1947-1949 – Grécia: Operação de Comandos dos E.U.A. garantem vitória da Extrema Direita nas eleições.

1947 – Venezuela: Em acordo com os militares nativos, os E.U.A. derrubam o presidente Rómulo Gallegos, como castigo por ter aumentado o preço do petróleo exportado.

1948 – Alemanha: Militares norte-americanos destacados durante bloqueio de Berlim - ponte aérea durou 444 dias. A ponte aérea foi vigiada por bombardeiros nucleares.

1948-1949 – China: - Fuzileiros norte-americanos apoiam a evacuação de cidadãos americanos antes da vitória comunista.

1948-1954 – Filipinas: A CIA coordena a guerra civil contra a revolta Filipo Huk.

1950 - Porto Rico: Comandos militares norte-americanos ajudam a esmagar rebelião de independência em Ponce.

1951-1953 - Coreia - Início do conflito entre a República Democrática da Coreia do Norte e República da Coreia do Sul, na qual cerca de 3 milhões de pessoas morreram. Os Estados Unidos são um dos principais protagonistas, através das Nações Unidas, ao lado dos sul-coreanos. A guerra termina em Julho de 1953 sem vencedores e com dois Estados polarizados: comunistas ao norte e um governo pró-ocidente ao sul. Os E.U.A. perderam 33 mil homens.

1953 – Irão: A CIA orquestrou o golpe que depõe o primeiro-ministro iraniano Mohamed Mossadegh e instaura a sangrenta ditadura do xá Reza Pahlevi. Mossadegh havia nacionalizado o complexo petrolífero anglo-americano.

1954 – Vietname: Os E.U.A. oferecem armas aos franceses na batalha contra Ho Chi Minh.

1954 – Guatemala: Comandos americanos, sob controle da CIA, derrubam Arbenz, democraticamente eleito, e impõem o coronel Armas no governo. Jacobo Arbenz havia nacionalizado a empresa United Fruit e impulsionado a Reforma Agrária.

1956 – Egito: Nasser nacionaliza o canal de Suez. Durante os combates no Canal, a 6ª Frota dos EUA evacua 2500 americanos que viviam na região e obriga a coligação franco-israelense-britânica a retirar-se do canal.

1958 – Líbano: Marinha norte-americana apóia exército de ocupação do Líbano durante sua guerra civil.

1958 – Iraque: O Iraque é ameaçado com artefatos nucleares para que não invada o Kuwait.

1958 – China: A China é ameaçada com artefatos nucleares para que não invada o arquipélago de Taiwan.

1958 – Panamá: Tropas contém manifestantes nacionalistas.

1961-1975 – Vietname: Aliados aos sul-vietnamitas, os americanos tentam impedir, sem sucesso, a formação de um Estado comunista, unindo o sul e o norte do país. Inicialmente, participarão americana se restringe a ajuda econômica e militar (conselheiros e material bélico). Em Agosto de 1964, após ataques norte-vietnamitas ao destroyer americano Maddox, o Congresso americano autoriza o presidente a lançar os E.U.A. em guerra. Os Estados Unidos deixam de ser simples consultores do exército do Vietname do Sul e entram num conflito traumático, que afetaria toda a política militar dali para frente. A morte de quase 60 mil jovens americanos e a humilhação imposta pela derrota do Sul em 1975, dois anos depois da retirada dos Estados Unidos, moldaram a estratégia futura de evitar guerras que impusessem um custo muito alto de vidas americanas e nas quais houvesse inimigos difíceis de derrotar de forma convencional, como os vietcongues e suas tácticas de guerrilha.

1961 – Cuba: Exilados cubanos anticastristas, apoiados pelo governo norte-americano de John Kennedy, invadem a baía dos Porcos, em Cuba, numa tentativa fracassada de derrubar o governo de Fidel Castro.

1962 – Cuba: Marinha norte-americana isola Cuba durante a crise dos mísseis. Quase provocando uma guerra com a U.R.S.S.

1962 – Laos: Militares americanos ocupam o Laos durante guerra civil contra guerrilhas do Pathet Lao.

1964 – Panamá: Militares americanos mataram 20 estudantes, ao reprimirem a manifestação em que os jovens queriam trocar, na zona do canal, a bandeira estrelada pela bandeira de seu país.

1965 - Congresso dos E.U.A. reconhece unilateralmente o direito de os E.U.A. intervirem militarmente em qualquer país do Continente.

1965 – Indonésia: Com apoio da CIA, o general Suharto desfecha um golpe para depor o presidente Sukarno. O golpe resultou na morte de 600.000 indonésios.

1965-1966 - República Dominicana: 30.000 fuzileiros e para-quedistas norte-americanos desembarcam em São Domingo para impedir a escalada comunista. A CIA conduz Joaquín Balaguer à presidência, consumando um golpe que depôs o presidente eleito Juan Bosch. O país já fora ocupado pelos americanos de 1916 a 1924.

1966-1967 – Guatemala: Boinas Verdes norte-americanos invadem o país para combater movimento rebelde.

1969-1975 – Camboja: - Militares norte-americanos enviados depois que a Guerra do Vietname se expandiu ao Camboja.

1970 – Omã: Fuzileiros norte-americanos desembarcam em preparação à invasão do Irão.

1971-1975 – Laos: - E.U.A. dirigem a invasão sul-vietnamita, bombardeando a região rural do país.

1971 – Bangladesh: Usando armas fornecidas pelos Estados Unidos, o general Iahia Khan derruba o governo eleito e massacra 500 mil civis.

1973 – Chile: CIA coordenou o golpe que depõe Salvador Allende, eleito democraticamente, assassina o general René Schneider e o chanceler Orlando Leteliere e ajudou na instalação do regime do General Pinochet.

1975 – Camboja: 28 americanos mortos na tentativa de resgatar a tripulação do petroleiro Mayaquez.

1975 - Timor-Leste: Com o apoio de Henry Kissinger, Suharto ocupa o país, recém-independente de Portugal. Morrem 200 mil civis.

1976-1992 – Angola: CIA ajuda rebeldes da África do Sul na luta contra Angola marxista.

1976 – Argentina: Golpe desfechado pelo general Jorge Rafael Videla, com apoio da CIA, instituiu a ditadura responsável pelo desaparecimento de 30 mil pessoas.

1980 – Irão: Na inauguração do terrorismo de Estado desenhado pelo Ayatolá Khomeini, estudantes que haviam participado da Revolução Islâmica do Irão ocuparam a embaixada americana em Teerão e fizeram 60 reféns. O governo americano preparou uma operação militar surpresa para executar o resgate, frustrada por tempestades de areia e falhas em equipamentos. Em meio à frustrada operação, 8 militares americanos morreram no choque entre um helicóptero e um avião. Os reféns só seriam libertados um ano depois do sequestro, o que enfraqueceu o então presidente Jimmy Carter e elegeu Ronald Reagan, que conseguiu aprovar o maior orçamento militar em época de paz até então.

1980 - América Central: O Comando Sul do Exército dos E.U.A. treina soldados e agentes especializados em espionagem e tortura para atuar em El Salvador, Guatemala, Honduras e Granada.

1981 – Líbia: Dois caças Líbios abatidos durante manobras militares na região.

1981-1992 - El Salvador: Tropas e conselheiros da CIA colaboram na luta contra a FMLN.

1981-1990 – Nicarágua: Na Nicarágua, onde a Revolução Sandinista de 1979, pôs fim à ditadura de Somoza, a contra-revolução foi estimulada e apoiada desde o início pelo imperialismo norte-americano. Os contra foram financiados e treinados pelos E.U.A. Terrorismo, sabotagem e bloqueio econômico, minagem de portos, a tudo recorreram. Impuseram negociações que significaram mais sacrifícios para os nicaraguenses. Aos 70 mil desmobilizados não foi garantido, como prometido, a posse e uso da terra. O desemprego e a miséria explodiram. Mas os "interesses" dos EUA foram salvaguardados pela direita que voltou ao poder.

1982-1984 – Líbano: Os Estados Unidos se envolveram nos conflitos do Líbano logo após a invasão do país por Israel, e acabaram envolvidos na guerra civil que dividiu o país. Em 1980, os americanos supervisionaram a retirada da Organização pela Libertação da Palestina de Beirute. Na segunda intervenção, 1800 soldados integraram uma força conjunta de vários países, que deveriam restaurar a ordem após o massacre de refugiados palestinos por libaneses aliados a Israel. O custo foi um ato de terror, quando um carro bomba matou 241 fuzileiros navais norte-americanos.

1983-1984 – Granada: Após um bloqueio econômico de 4 anos, a CIA coordena esforços que resultam no assassinato do 1º Ministro Maurice Bishop. Seguindo a política de intervenção externa de Ronald Reagan, os Estados Unidos invadiram a ilha caribenha de Granada alegando prestar proteção a 600 estudantes americanos que estavam no país, as tropas eliminaram a influência de Cuba e da União Soviética sobre a política da ilha.

1983-1989 – Honduras: Tropas norte-americanas enviadas para construir bases em regiões próximas à fronteira.

1984 – Irão: Caças americanos abatem dois aviões iranianos no Golfo Pérsico.

1986 – Bolívia: Exército americano auxilia tropas bolivianas em incursões nas áreas de cocaína.

1986 – Líbia: Atribuído ao presidente da Líbia, Muammar Khadafi, um ataque terrorista a uma boate em Berlim frequentada por agentes do governo americano, detonou-se uma severa resposta militar do governo Reagan. Um violento ataque aéreo a Trípoli atingiu instalações que supostamente abrigariam centros de treino e apoio a atividades terroristas, matando a filha mais nova de Khadafi. Para os E.U.A. de Ronald Reagan, Khadafi representava o mesmo que Osama bin Laden significava para George W. Bush - filho do vice-presidente e sucessor de Reagan..

1987-1988 – Irão: E.U.A. intervém ao lado do Iraque na Guerra contra o Irão.

1989 – Líbia: Marinha norte-americana abate dois caças líbios.

1989 - Ilhas Virgens: Tropas americanas desembarcam durante revolta popular.

1989 – Filipinas: Força Aérea dos E.U.A. deu cobertura ao governo durante golpe.

1989 – Panamá: Batizada de Operação Causa Justa, a intervenção americana no Panamá foi provavelmente a maior batida policial de todos os tempos: 27 mil soldados ocuparam a ilha para prender o presidente do Panamá, Manuel Noriega, um antigo aliado do governo americano. Os Estados Unidos justificaram a operação como sendo fundamental para proteger o Canal do Panamá, defender 35 mil americanos que viviam no país, promover a democracia e interromper o tráfico de drogas, que teria em Noriega seu líder na América Central. O ex-presidente cumpre prisão perpétua nos Estados Unidos. Foram mortos 3000 militares e cidadãos do Panamá.

1990 – Libéria: Tropas americanas evacuam estrangeiros durante guerra civil.

1990-1991 – Iraque: Após a invasão do Iraque ao Kuwait, em 2 de Agosto de 1990, a NATO e os Estados Unidos decidem impor um embargo econômico ao país, seguido de uma coalização anti-Iraque (reunindo além dos países europeus membros da NATO, o Egito e outros países árabes) que ganhou o título de "Operação Tempestade no Deserto". As hostilidades começaram em 16 de Janeiro de 1991, um dia depois do fim do prazo dado ao Iraque para retirar tropas do Kuwait. Para expulsar as forças iraquianas do Kuwait, o então presidente George Bush destacou mais de 500 mil soldados americanos para a Guerra do Golfo. Além de garantir o suprimento de petróleo, ameaçado pela postura belicista de Saddan Hussein, os Estados Unidos acreditavam que conseguiriam forçar o ditador - que recebera apoio americano durante a guerra contra o Irão - para fora da presidência do Iraque. Saddam não saiu do poder, mas foi obrigado a deixar o Kuwait e assinar uma rendição que impões severas sanções econômicas ao seu país. Apesar de incompleto, o resultado foi considerado uma vitória da estratégia desenhada pelo então chefe do Estado Maior das Forças Armadas, Collin Powell, hoje secretário de Estado do presidente George W. Bush. A estratégia incluiu um massacrante ataque aéreo à distância, usando mísseis de alta tecnologia, destinados a destruir o inimigo e as suas instalações, oferecendo assim, poucos riscos aos soldados americanos. Um saldo de 130.000 iraquianos mortos.

1990-1991 - Arábia Saudita: Tropas americanas destacadas para a Arábia Saudita para a base militar nesse país, na guerra contra Iraque. Lá permanecem até hoje.

1992-1994 – Somália: Tropas americanas, num total de 25 mil soldados, foram à Somália como parte de uma missão da ONU para distribuir mantimentos para a população esfomeada. Em Dezembro, forças militares norte-americanas (comando Delta e Rangers) chegam a Somália para intervir numa guerra entre as facções do então presidente Ali Mahdi Muhammad e tropas do general rebelde Farah Aidib. Sofrem uma desastrada derrota.

1993-1995 – Bósnia: Força Aérea bombardeia a "zona proibida aos aviões" durante guerra civil na Jugoslávia.

1993 – Iraque: No início do governo Clinton, é lançado um ataque contra instalações militares iraquianas, em retaliação a um suposto atentado, não concretizado, contra o ex-presidente Bush, em visita ao Kuwait.

1994-1999 – Haiti: Enviadas pelo presidente Bill Clinton, tropas americanas ocuparam o Haiti para devolver o poder ao presidente eleito Jean-Betrand Aristide, derrubado por um golpe. Além de restaurar a democracia e promover a paz, a operação visava evitar que o conflito interno provocasse uma onda de refugiados haitianos em busca de refúgio nos Estados Unidos. A invasão foi a fachada mediática para contornar um período de enormes dificuldades internas para Clinton, acrescidas pela derrota sofrida na Somália. Também nesta ocasião o drama dos refugiados foi utilizado à exaustão para justificar a intervenção. Mas sob o domínio dos EUA, a miséria e o despotismo continuam. Os Estados Unidos saíram do Haiti em 1999.

1995 – Bósnia: Batizado de Operação Força Deliberada, o maior ataque da história da NATO bombardeou pelo ar a Bósnia, logo após o bombardeamento de um mercado em Sarajevo por sérvios bósnios, que aceitaram negociar um acordo de paz.

1996-1997 - Zaire (Congo): Fuzileiros Navais norte-americanos enviados à área dos campos de refugiados Hutus onde a revolução congolesa iniciou.

1997 – Libéria: Tropas americanas evacuam estrangeiros durante guerra civil sob fogo dos rebeldes.

1997 – Albânia: Tropas americanas evacuam estrangeiros.

1998 – Sudão: Mísseis americanos destruíram Centro Industrial farmacêutico onde se supunha que componentes do gás nervoso eram fabricados, matando dezenas de civis.

1998 – Afeganistão: Ataque de mísseis a antigos campos de treino de terroristas.

1998-2002 – Iraque: Bombardeamento com mísseis depois que inspetores de armas alegam que os iraquianos não estão cooperando com as inspeções.

1999 – Jugoslávia: Por causa de acusações de limpeza étnica e outros crimes que estariam sendo cometidos pelos jugoslavos comandados por Slobodan Milosevic, a NATO e os Estados Unidos promoveram a Operação Força Aliada, um violento ataque aéreo à Sérvia, que durou 11 meses, - o presidente Clinton descartou o emprego de tropas terrestres e avisou que os bombardeamentos continuariam enquanto fosse necessário. Milosevic rendeu-se, mas o violento ataque atingiu alvos civis e provocou uma onda de refugiados em busca de segurança nos países vizinhos.

Século XXI:

2000 – Colômbia: Marines e "assessores especiais" dos EUA iniciam o Plano Colômbia, que inclui o bombardeamento da floresta com um fungo transgênico (Fusarium axyporum), conhecido por gás verde.

2001 – Afeganistão: Os E.U.A. bombardeiam várias cidades afegãs, em resposta ao ataque terrorista ao World Trade Center em 11 de Setembro de 2001. Começa a caçada ao terror.

2003 – Iraque: Sob a alegação de Saddam Hussein esconder armas de destruição e financiar terroristas, os E.U.A. iniciam intensos ataques ao Iraque. Batizada pelos E.U.A. de "Operação Liberdade do Iraque" e por Saddam de "A Última Batalha", a guerra começa com o apoio apenas da Grã-Bretanha, sem a ONU, e sob protestos de manifestantes e de governos no mundo inteiro.

Veja também: http://port.pravda.ru/news/mundo/23-06-2005/8128-0/

http://askatasunaren.blogspot.com.br/2014/10/cronologia-do-belicismo-russo.html

http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2014/08/paul-craig-roberts-washington-ameaca-o.html

           

E não terminou, está bem longe de terminar como podemos observar pelos noticiários. O esdrúxulo é que vários presidentes dos EUA com esse seu enorme e incontestável rol de intervenções, já foram galardoados com o Prêmio Nobel da Paz! Inacreditável ... da Paz!

O mapa abaixo dá uma visão das intervenções dos EUA na nossa região afetando a segurança, a paz e a soberania dos governos de nossos vizinhos latinoamericanos. Passou da hora de uma reação, de virar esta situação de ameaça, de chantagem psicológica e militar tão próximos de nossas fronteiras. Temos que protestar, denunciar e conscientizar a população da ameaça siono-maçônica-americana representa para nós brasileiros e para nossos vizinhos. 

Precisamos fomentar e votar em políticos comprometidos com o Brasil. Políticos e partidos nacionalistas e cristãos que não tenham laços com o Sionismo, a Maçonaria, EUA, Israel, sistema financeiro mundial ou OTAN. Esses são todos instrumentos do mesmo plano, o plano para a implantação da Nova Ordem Mundial, a Ordem do Anticristo.

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Tirando países para fora do mapa: quem fracassa os “países fracassados”

Por Prof Michel Chossudovsky - Global Research, 16 de fevereiro de 2013.



Foi difundido através do mundo um boato muito perigoso que poderia ter tido implicações catastróficas. De acordo com a legenda o presidente do Irã teria ameaçado de destruir Israel, ou para citar a citação errada, “Israel must be wiped off the map”, aqui traduzido “Israel precisa de ser tirado para fora do mapa”.

Contrariamente ao que se pensa, essas palavras muito específicas e com esse significado muito específico, nunca foram ditas, … (Arash Norouzi, Wiped off The Map: The Rumor of the Century (*), Janeiro 2007.)[1]
(*) http://www.globalresearch.ca/israel-wiped-off-the-map-the-rumor-of-the-century-fabricated-by-the-us-media-to-justify-an-all-out-war-on-iran/21188

Os Estados Unidos atacaram direta ou indiretamente cerca de 44 países ao redor do mundo desde 1945,…alguns deles muitas vezes. O reconhecimento declarado do objetivo dessas intervenções militares sendo o de fazer “mudanças de regimes”. Os verdadeiras motivos, entretanto, sempre ocultos abaixo da bandeira “direitos humanos” e “democracia”. Essas sempre foram  invocadas para justificar os atos unilaterais e ilegais dos Estados Unidos.(Eric Waddell, The United States Global Military Crusade (1945- ) (**), Global Research, Fevereiro de 2007)[2]
(**) http://www.globalresearch.ca/the-united-states-global-military-crusade-1945/4610

Um oficial americano: [Aqui se tem] um memorandum [do Pentágono] que descreve como iremos acabar com sete países em cinco anos. Começaremos  com o Iraque, e depois virá a Síria, o Líbano, a Somália, e o Sudan. Para terminar, o Irã. – Segue então imediatamente um curto diálogo entre o general Wesley Clark e o oficial aqui sendo apresentado. (General Wesley Clark, Democracy Now (***), 2 de Março de 2007)[3]
(***) http://www.globalresearch.ca/we-re-going-to-take-out-7-countries-in-5-years-iraq-syria-lebanon-libya-somalia-sudan-iran/5166

General Clark:- Isso é assunto classificado?

Oficial:- É  sim senhor.

General Clark:- Bem, então não o mostre a mim.

Washington está a destruir uma longa lista de países.

Quem está a tirar países para fora do mapa?  – O Irã ou os Estados Unidos?

Durante o período que eufemisticamente se chamou de o após-guerra, período esse indo de 1945 até o presente, os Estados Unidos atacaram, direta ou indiretamente, mais de quarenta (40) países.

Conquanto a doutrina da política externa dos Estados Unidos implique  a “divulgação da democracia”, o intervencionismo americano através de meios militares e de operações encobertas tem resultado numa completa destabilização e no desmembramento de muitas nações soberanas.

Destruir países faz parte do projeto imperialista dos Estados Unidos, isso dentro de um contexto de dominação global.

Ressalta-se nesse contexto que de acordo com fontes oficiais já haveria um total de setecentas e trinta e sete (737) bases militares americanas em países estrangeiros. Isso estando de acordo com dados para 2005.

O CONCEITO DE “PAÍSES OU ESTADOS FRACASSADOS”

O Conselho Nacional de Inteligência dos Estados Unidos, NIC na sigla inglesa, baseado em Washington,  apresentou  em dezembro 2012, [4] uma “predição” de que quinze países localizados na África, na Ásia e no Oriente Médio iriam acabar por  apresentar-se como “países fracassados”.

Poderia-se também dizer falidos, só que no sentido mais social que econômico.  Isso deveria então ocorrer  até 2030 dado o “potencial para conflito e adversidades ambientais” dos mesmos.

A lista dos países no relatório do Conselho Nacional de inteligência dos Estados Unidos, incluía o Afeganistão, o Paquistão, Bangladesh, Chad, Niger, a Nigéria, Mali, Kênia, Burundi, a Etiópia, Ruanda, a Somália, DR Congo, Malawi, Haiti e Iêmem. [5]

Num relatório publicado em 2005, no começo do segundo termo de George W. Bush, o Conselho Nacional de Inteligência tinha apresentado a avaliação de que o Paquistão iria se tornar um “país fracassado” antes de 2015. Isso deveria-se então ao fato de que o Paquistão poderia ser afetado por guerra civíl, talibanização,  assim como por lutas pelo controle das suas armas nucleares.

Paquistão foi então, no relatório acima mencionado, comparado com a Yugoslávia que foi dividida em sete países menores a funcionar por procuração, ou mandato, após uma longa década de guerras civis patrocinadas pelos Estados Unidos e a OTAN.

O prognóstico do Conselho Nacional de Inteligência para o Paquistão foi então o de um “destino como o da Yugoslávia”,  um “país demolido por guerra civil, derramamento de sangue, e rivalidades  inter-provinciais” [6]

Conquanto os chamados estados ou países fracassados são entendidos como portos de refúgio para extremistas políticos ou religiosos, o relatório do Conselho Nacional de Inteligência não reconhece o fato de que os Estados Unidos e seus aliados estiveram desde os anos setenta proporcionando encobertamente apoio a organizações religiosas extremistas como meio de destabilizar países seculares e soberanos.

Ressalta-se então que tanto o Paquistão como o Afeganistão ainda eram países seculares, de direção não religiosa nos anos setenta.

A divisão da Yugoslávia e da Somália, não foram  o resultado de divisões sociais internas. O  que aconteceu a Yugoslávia e a Somália foi o resultado de uma implementação de objetivos estratégicos, objetivos esses a serem alcançados através de ações militares, assim como de inteligência. A destruição planejada dos dois países foi  feita de forma dissimulada, seguindo diretivas bem estipuladas de acordo com a linha dos projetos estratégicos dos Estados Unidos.

         

A Fundação “Fund for Peace”, que fica em Washington,  tem um mandato para promover  segurança  através de pesquisas. Essa fundação publica anualmente um “índice de países fracassados”, o qual  se baseia em avaliação de riscos. Trinta e três países, incluindo os que se se encontram nas categorias  “Alerta” e “Advertência”, são identificados nesse índice como “países fracassados”.

De acordo com a Fundação “Fund for Peace” os “países falidos ou fracassados”  tornam-se também alvos de terroristas, muitos dos quais ligados a  Al-Qaeda.

Nesse contexto foi ressaltado que a classificação dos sinais de problemas, classificação essa feita anualmente pelo Fundo,  poderiam ser feitos por exemplo,  quando alarmes vindo de diversas fontes  internacionais se intensificavam.

Apresentou-se então o caso de Mali, devido ao fato de que extremistas ligados a Al-Qaeda  tinham começado a construir  no norte de Mali um santuário para a expansão da guerra santa,  a chamada jihad.

A  história da Al-Qaeda como trunfo dos serviços de inteligência dos Estados Unidos, história essa onde Al-Quaeda tem  como uma de suas missões o de  criar divisões que  produzam instabilidade no Oriente Médio,  na Ásia Central, e na região sub-Sahara da África não foi mencionada no relatório da Fundação. Entretanto isso já poderia de ser a se esperar.

As atividades dos jihadistas da Al-Qaeda, pelo menos na maioria dos países já acima mencionados, fazem parte de uma diabólica agenda ocidental que está sendo implementada dissimuladamente.



ESTADOS FALIDOS: UMA AMEAÇA AOS ESTADOS UNIDOS

“Estados Mais  Fracos e Falidos”:  Uma ameaça aos Estados Unidos [8]

Numa lógica retorcida, “estados mais  fracos e falidos”, constituiriam, de acordo com o Congresso Americano, [8]  uma ameaça à segurança dos Estados Unidos. Isso  incluiria então  “diversas ameaças emanando de países que variadamente são descritos como fracos, frágeis, vulneráveis, fracassando, falidos, precários, em crise ou em estado de colapso”.

De acordo com o relatório do Congresso [8] temos então que com  o final da Guerra Fria no começo dos anos noventa, os analistas foram tomando consciência de emergentes ameaças a segurança das nações.  Nesse contexto estados ou países  fracos ou  falindo,  se transformavam em meios de transporte para o crime organizado transnacional,  ou em vias e veredas para uma proliferação nuclear, assim como em diversos “hot spots”, ou seja, em focos de conflito civil e emergências humanitárias.

Ainda de acordo com o relatório do Congresso americano, a potencial ameaça aos Estados Unidos que países fracos e falidos poderiam significar, tinha mostrado-se  claramente no ataque da Al-Qaeda contra os Estados Unidos, em 11 de setembro de 2001. Esse que, de acordo com o ponto de vista do Congresso americano, Osama bin Laden o tinha planejado do refúgio que Afeganistão tinha  providenciado a ele.

De acordo com o mesmo relatório, tem-se ainda que foram os acontecimentos de “9/11”  que teriam feito com que o Presidente George W. Bush reivindicasse, na  Estratégia de Segurança dos Estados Unidos de 2002,  que estados fracos, como o Afeganistão poderiam  representar um grande perigo para os interesses dos Estados Unidos, um estado poderoso.

O que não foi mencionado no relatório do Congresso é que “os focos do crime organizado e conflito civil” são um resultado das operações de inteligência dos  Estados Unidos.

Está amplamente documentado que a economia afegã,  baseada no narco-tráfico, fornece mais do que 90% da heroína para o consumo mundial.  Esse comércio é de muitos bilhões de dólares.  Reconhecidas instituições financeiras estão envolvidas em falsa-contabilidade. Essas instituições lavam, ou em outras palavras legalizam, os dividendos do narco-tráfico.

O narco-tráfico que parte do Afeganistão é protegido pelas forças da ocupação no país, ou seja, os Estados Unidos e a OTAN.

SÍRIA: CATEGORIZADA COMO “ESTADO FALIDO”

As atrocidades cometidas pelo Exército Livre da Síria contra a população do país, exército livre esse patrocinado pelas forças dos Estados Unidos e da OTAN ou a elas ligadas, criam condições que levam à guerras sectárias ou ao aprofundamento das mesmas.

           

O extremismo sectário além de favorecer a destruição da Síria como nação também poderá levar a derrubada do governo central em Damasco.

Nesse contexto compreende-se que o objetivo da política externa de Washington é o de transformar a Síria no que o Conselho Nacional de Inteligência dos Estados Unidos  caracteriza  como estado falido.

Uma mudança de regime implica o manter de um governo central. Conforme a crise da Síria vai se desenrolando, o objetivo final também vai se deslocando, e agora o desejado já não é mais uma mudança de regime, mas sim a própria divisão da Síria.

Isso significa a destruição da Síria como um país e uma nação soberana.

A estratégia EUA-OTAN-ISRAEL é, por já, o de dividir o país em três partes, ou seja, em três estados fracos. Recentemente noticiários puderam informar que caso Bashar Al Assad se negue a deixar o poder, o resultado será a Síria como um estado falido, do tipo da Somália.

Um possível cenário de divisão em pequenas partes, como relatado pela mídia de Israel, seria a formação de pequenos estados “independentes” e separados. Deveria-se então ser um  estado Sunita, um Alawita-Xiita, um Curdo e um Drúzeo.

De acordo com o major-general Yair Golan da IDF de Israel, a Síria encontra-se em guerra civil. Isso poderia levar a Síria ao destino de um estado falido no qual o terrorismo floresceria livremente..

De acordo com  o major-general então, as Forças da Defesa de Israel estariam correntemente analisando "como a Síria iria se desmembrar." [9]

Em novembro o enviado da ONU Lakhdar Ibrahimi, confidenciou que a Síria poderia tornar-se “na nova Somália”  ,…. prevenindo para um cenário onde “war lords” e milícias poderiam preencher o vácuo deixado pelo estado em colapso”.

Lakhdar Ibrahimi ressaltou que acreditava que se a situação não fosse tratada corretamente o perigo seria de uma “somalização”, e não de uma divisão do país. O perigo seria de um colapso do estado e do aparecimento de milícias e grupos em armas.

O que o enviado da ONU  não mencionou  foi que a falência da Somália foi deliberada. Ela fez parte de uma agenda, não reconhecida oficialmente, dos militares e dos serviços de inteligência dos Estados Unidos.

Essa agenda está agora também a ser implementada em diversos outros países do Oriente Médio, da África, e da Ásia.

A questão central que se apresenta então é:- Quem está a falir novos “estados falidos”? Quem os está pondo fora de ação?

A planejada destruição da Síria e a sua exterminação como um país soberano faz parte de uma  agenda integrada. Aspectos regionais, militares-e-de-inteligência entram nessa equação..

A agenda militar e de inteligência dos Estados Unidos incluem ainda, além da Síria, o Líbano, o Irã e o Paquistão.

De acordo com as “predições” do Conselho Nacional de Inteligência dos Estados Unidos, o desmembramento do Paquistão poderia ocorrer já nos próximos três anos.

Michel Chossudovsky

 war
http://www.globalresearch.ca/destroying-countries-transforming-syria-into-a-failed-state/5317160

nouveau_Moyen-Orient_-_AFTER
http://www.mondialisation.ca/rayer-des-pays-de-la-carte-qui-deroute-les-etats-en-deroute/5317556

Tradução Anna Malm

Referências e Notas:
[1] Arash Norouzi, “Wiped off  the Map: The Rumor of the Century”. Janeiro de 2007.
[2] Prof. Eric Waddell, “The United States Global Military Crusade, 1945." Global Research, February 2007.
[3] General Wesley Clark, Democracy Now, March 2, 2007.
[4] National Intelligence Council – NIC, Global Trends report, dezembro 2012.
[5] veja pág. 39.
[6] Energy Compass, 2 March 2005.
[7] veja pág.143.
[8] Weak and Failing States: Evolving Security, Threats and U.S. Policy, CRS Report for the US Congress, Washington, 2008.
[9] Reuters,  31 de Maio de 2012.
[10][11] Reuters,  22 de novembro de 2012.


Abraços

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